1 de maio é marcado por homenagens às vítimas das enchentes de 2024

Na manhã ensolarada de 1º de maio, o coração de Bento Gonçalves pulsou em uma caminhada carregada de esperança e saudade. A cidade, unida e liderada pelo movimento Unidos Por Bento, pelo CIC e pela Prefeitura, percorreu as vias que no ano passado foram palco de uma das catástrofes mais dolorosas da história do Rio Grande do Sul, lembrando com respeito e emoção as vítimas das enchentes que assolaram a região em 2024. Cada passo era um ato de resistência, de memória e de fé, uma celebração do espírito que renasce entre as cinzas das perdas.

À tarde, o silêncio se transformou em oração na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, onde uma missa marcada pela reverência e esperança acolheu as memórias e as lágrimas silenciosas. Em cada nota tocada pela orquestra de Sopros de Faria Lemos, uma homenagem; em cada palavra, um lembrete da força e da união que sustentam o povo. Depois, as cerimônias se estenderam nas localidades de Tuiuty e Faria Lemos, onde duas obras de homenagem foram oficialmente inauguradas — monumentos que eternizam o esforço, a dor e a esperança, levando gravados em si o nome de 17 vítimas da tragédia.

Sob o céu que testemunha o renascimento, os monumentos ganham vida: placas que carregam os nomes das vidas perdidas, o esforço dos voluntários e os momentos de coragem que marcaram aquele capítulo difícil. Ao centro de cada espaço, um plátano se ergue, raízes firmes na terra, símbolo da força, da resistência e do crescimento que brotam mesmo após a tempestade.

Foi uma tarde de memória e esperança, onde o povo de Bento reafirmou seu compromisso de nunca esquecer, de manter viva a chama da solidariedade e de seguir construindo, com coragem e fé, um futuro diferente — mais forte, mais unido, mais resiliente.

Texto e fotos: Diego Franzen/Pauta Serrana