20 iPhones no set: como “Extermínio: A Evolução” reinventou o cinema de terror com criatividade brutal
- temporacomunicacao
- 6 de jun.
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Diretor Danny Boyle revela decisão criativa por trás da escolha e aposta em inovação visual para surpreender o público
Com estreia marcada para o dia 9 de junho, o aguardado longa de terror "Extermínio: A Evolução" promete chamar atenção não apenas pelo enredo, mas também por sua ousada abordagem técnica. O diretor Danny Boyle revelou que diversas cenas do filme foram registradas utilizando até 20 iPhones acoplados a suportes especiais, criando efeitos visuais únicos.
A ideia, segundo Boyle, não surgiu apenas por estética, mas como forma de retomar o espírito do primeiro filme da franquia, lançado em 2002, que foi gravado com câmeras amadoras devido a limitações de orçamento. A proposta agora é unir tecnologia acessível com soluções inovadoras, promovendo uma experiência imersiva e inquietante ao espectador.
Câmeras simples, impacto cinematográfico
Embora alguns rumores tenham apontado que o filme teria sido inteiramente gravado com um iPhone 15 Pro Max, Boyle esclareceu que o longa utilizou uma combinação de equipamentos: câmeras profissionais, drones e múltiplos smartphones, dependendo da intenção de cada cena.
O diretor explicou que algumas sequências violentas foram registradas com plataformas capazes de carregar até 20 iPhones simultaneamente, o que resultou em um efeito semelhante ao “bullet time” popularizado pela franquia Matrix — mas com uma abordagem mais experimental.
Estética e imersão como elementos narrativos
Além do uso incomum dos dispositivos móveis, o diretor revelou ter optado por cenas com aspect ratio de 2.76:1, semelhante ao usado em filmes de 70 mm, para gerar desconforto e imprevisibilidade. O objetivo era ampliar o campo de visão e dificultar a percepção do espectador sobre de onde virá a próxima ameaça.
Apesar de ter dirigido o filme original da franquia, Boyle atuou apenas como produtor-executivo na sequência de 2007. Agora, de volta à direção, aposta em uma nova proposta narrativa e visual.
Nova trama, novos horrores
Ao lado do roteirista Alex Garland, com quem também trabalhou em Extermínio, Boyle decidiu se afastar de histórias apocalípticas convencionais. Em vez de explorar mais uma vez a propagação de um vírus de raiva, os criadores buscaram inspiração em eventos recentes do mundo real, como o Brexit.
A narrativa do novo filme acompanha uma comunidade que sobreviveu ao colapso global por meio do isolamento. O foco está em Jamie (Aaron Taylor-Johnson) e Spike (Alfie Williams), dois personagens que deixam sua zona segura para cumprir uma missão, apenas para descobrir que o mundo exterior mudou — e o vírus também.
Boyle enfatiza que o longa não é um manifesto político, mas sim uma reflexão sobre experiências recentes da humanidade, tratadas através da lente do terror.















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