Black Sabbath encerra carreira com show histórico e doa US$ 190 milhões para instituições infantis
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- 9 de jul.
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Última apresentação da banda reúne lendas do rock em Birmingham e transforma a “escuridão” do heavy metal em luz para milhares de crianças
Por Diego Franzen | Pauta Serrana

O que era para ser apenas uma despedida se tornou um marco na história da música e da filantropia. Black Sabbath, banda pioneira do heavy metal, encerrou oficialmente sua trajetória no último sábado (5), em um show histórico no estádio Villa Park, em Birmingham, cidade natal do grupo. Mais do que uma celebração do legado musical, o evento “Back to the Beginning” arrecadou mais de US$ 190 milhões, valor que será integralmente destinado a instituições infantis e pesquisas contra o Parkinson.
A apresentação, marcada por momentos emocionantes e participações de peso, reuniu 45 mil pessoas no estádio e mais de 5 milhões de espectadores via transmissão global em pay-per-view. Toda a receita foi doada para o Birmingham Children’s Hospital, o Acorn Children’s Hospice e a fundação Cure Parkinson’s.
Aos 76 anos e enfrentando complicações do Parkinson, Ozzy Osbourne subiu ao palco sentado, mas com presença de rei. Ao lado de Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward — formação original que não tocava junta há duas décadas — o vocalista levou o público às lágrimas com clássicos como “Paranoid”, “Iron Man” e “War Pigs”.
“Não é o fim de uma era. É o começo de um novo propósito”, disse Ozzy, em voz rouca mas firme, diante de uma plateia que alternava entre gritos e silêncio reverente.
O palco ainda foi dividido com ícones como Metallica, Guns N’ Roses, Alice in Chains, Slayer e Pantera, além de um supergrupo formado especialmente para o evento por Tom Morello (Rage Against the Machine). A apresentação foi conduzida pelo ator Jason Momoa, fã declarado da banda, que descreveu o evento como “um altar onde o rock e a empatia se ajoelharam juntos”.
Todos os artistas se apresentaram sem cachê, em um pacto coletivo de solidariedade.
Ao retornar às origens geográficas e espirituais, a banda mostrou que sua “escuridão sonora” é, na verdade, uma metáfora para a intensidade da vida. E, desta vez, essa intensidade foi usada para iluminar causas nobres.
Black Sabbath encerra sua trajetória com algo que vai além da música. Sai de cena como começou: desafiando os rótulos, quebrando paradigmas. Mas agora, deixa também um rastro de generosidade — uma nota final que ecoa mais alto do que qualquer amplificador.
Como disse Ozzy, ao encerrar o show: “A escuridão nunca foi o fim. Foi só o começo.”
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