Casa das Artes recebe o 20º Festival de Cinema Italiano a partir desta segunda-feira

Nesta segunda-feira (03), ocorre na Fundação Casa das Artes a abertura do 20º Festival de Cinema Italiano em Bento Gonçalves, às 15h, com a exibição do filme “Enrico IV”. O projeto é uma realização Câmara de Comércio Italiana de São Paulo – ITALCAM, em colaboração com a Embaixada da Itália.

Em formato híbrido, os filmes podem ser acessados pelo site do Festival, a Mostra traz filmes inéditos no circuito comercial e clássicos da cinematografia ítala, do Neorealismo, onde cineastas e suas câmeras perscrutam os efeitos da 2ª Guerra Mundial no povo, na política, na economia e na cultura.

Essa estética criou um espaço de debates e de poesias, onde a realidade brutal do impacto bélico, com a câmera vagando nas ruínas físicas das cidades e seus personagens portando uma cidadania sem estatuto, enuncia-se narrativas humanas buscando o básico da sobrevivência, seja ela física e/ou emocional. O foco era no povo, nas pessoas comuns, no trabalhador de chão de fábrica, no agricultor, sem plasticidades.

Não é por nada que o manifesto desta edição é “Cinema que Conta, Os Mestres que Inspiram”, pois dessa safra surgiram grandes nomes da cinematografia mundial como Roberto Rossellini, Vitorio De Sica, entre outros, que até hoje inspiram novos diretores. Ou seja: o legado continua sendo transmitindo de geração em geração, sendo constituinte da idiossincrasia do Cinema Italiano.

O Cinema, com “c” maiúsculo, é instituição. Sua produção reflete a cultura do povo, da nação, em suma, é patrimônio de alto valor. Assim, o 20º Festival reafirma e reforça sua cinematografia, uma das mais influentes do mundo, difundindo a clássica e contemporânea produção italiana.

Em Bento Gonçalves, o 20º Festival de Cinema Italiano conta com o apoio Consulado Italiano, daAssociação Nacional de Emigrados e Ex-Emigrados das Américas e Austrália (Anea Brasil), da Secretaria Municipal de Cultura e Fundação Casa das Artes.

Programação 20º Festival de Cinema Italiano na Fundação Casa Das Artes

03/11, às 15h – Enrico IV

04/11, às 19h30 – Diamanti

05/11, às 19h30 – L’abbaglio

10/11, às 14h – Gioia Mia

11/11 – às 19h30 – Le assaggiatrici

16/11, às 17h – Dall’Onder Grande Hotel, encerramento – Hey Joe

Sinopse dos filmes que vão ser exibidos em Bento Gonçalves – Locais: Casa das Artes e Dall’Onder Grande Hotel

“Enrico IV” (Henrique IV), de Marco Bellochio (1984). Com Marcelo Mastoriani e Claudia Cardinale.

Perturbado após uma queda de cavalo, um homem vive há vinte anos num castelo, atormentado pela ilusão de ser o Sacro Imperador Romano Henrique IV. Seu psiquiatra elabora um plano complexo para tirá-lo de seu devaneio medieval.

“Le Assaggiatrici” (As Provadoras de Hitler), de Silvio Soldini (2025)

Inspirado no romance homônimo de Rosella Postorino, o longa revisita um capítulo pouco conhecido da Segunda Guerra Mundial: o grupo de mulheres obrigadas a provar as refeições de Hitler para garantir que não foram envenenadas. A narrativa combina tensão, resistência e drama humano, abordando a solidariedade feminina em meio ao medo. O filme obteve 3 indicações e ganhou um prêmio do Nastri D’Argento.

“L’Abbaglio” (A Ilusão), de Roberto Andò (2025)

Em 1860, durante a expedição dos mil, Giuseppe Garibaldi enfrenta o poderoso exército de Bourbon enquanto tenta conquistar Palermo. Quando tudo parece perdido, confia ao Coronel Orsini um plano engenhoso: simular uma retirada com um grupo de feridos e soldados para enganar o comandante inimigo. Começa então uma arriscada partida de xadrez militar, marcada por manobras inesperadas e um desfecho surpreendente.

“Diamanti”, de Ferzan Özpetek (2024)

Um diretor convoca todas as suas atrizes favoritas para filmar um longa-metragem ambientado em Roma nos anos 70, que narra as vicissitudes em torno de uma prestigiada alfaiataria.

“Gioia Mia”, Margherita Spampinato (2025)

Um verão conturbado que passam juntos se transforma em uma aventura encantadora quando um menino descobre que a misteriosa casa siciliana de sua tia guarda segredos e, talvez, espíritos ancestrais que espreitam entre suas paredes.

“Hey Joe”, de Claudio Giovannesi (2024)

Um veterano americano que se envolveu com uma jovem de Nápoles durante a Segunda Guerra Mundial retorna à mesma cidade no início da década de 1970 para encontrar seu filho, que não tem interesse algum pelo pai.