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ExpoBento e Fenavinho mostram a força da Serra com recorde de público e negócios

  • Foto do escritor: temporacomunicacao
    temporacomunicacao
  • 16 de jun.
  • 3 min de leitura

Por Diego Franzen | Pauta Serrana



Depois de um 2024 que quase foi levado pela enxurrada, a Serra Gaúcha faz o que sempre soube fazer: se reinventa. A terra que resiste ao frio cortante, que cultiva uvas com as próprias mãos calejadas, que embala o vinho com a alma dos imigrantes, mostra ao Brasil que não se entrega. No primeiro final de semana da 33ª ExpoBento e da 20ª Fenavinho, mais de 113 mil visitantes cruzaram os portões do Fundaparque. Não foi apenas um público.


Foi um povo.


Nos corredores cheios de luzes, aromas e sotaques, estavam mais do que expositores e consumidores: estavam os herdeiros da luta de quem ergueu a Serra pedra por pedra, taipa por taipa. Foram 515 marcas, de confecções a queijos, de carros a geleias, de espumantes a móveis de madeira entalhada como quem entalha a esperança. Cada venda, uma reconstrução. Cada sorriso, um renascimento.


O clima era de festa, mas também de superação. A expectativa é que os negócios ultrapassem os R$ 55 milhões até o fim do evento, no dia 22. Nada mal para um pedaço de país que viu pontes caírem, estradas cederem, e mesmo assim, manteve-se em pé.


Nos três palcos espalhados pela feira, a cultura se derramava como vinho bom. Teve o drama e o riso da Cia Circense Burzum, a doçura sonora de Glê Duran, a tradição nativista da Invernada do CTG Laço Velho. E teve, claro, as gaitas, bombachas e vozes de Ragazzi Dei Monti, Os Gaudérios e Joce Sampaio — nomes que soam como brinde à identidade de um povo que não esquece de onde veio.

A 20ª Fenavinho foi mais que uma celebração. Foi uma afirmação: o vinho brasileiro tem nome e sobrenome. Bento Gonçalves. As 20 vinícolas expositoras abriram seus melhores rótulos ao público, democratizando o que antes era privilégio de poucos. Vinhos e espumantes foram saboreados ao lado de pratos fumegantes de 40 pontos de alimentação — um banquete democrático, como deveria ser o país.


“A festa é uma oportunidade de valorizarmos nossa identidade, de mostrarmos o que somos com orgulho. O vinho é cultura, é história, é o suor de gerações”, disse Alexandre Miolo, coordenador da Fenavinho, cujo sobrenome já diz tudo.

César Anderle, diretor-geral da feira, resumiu com sobriedade serrana: “Começamos muito bem. Estamos alinhados com o propósito de ser o maior encontro multissetorial de compras e entretenimento do Brasil”. Mas o que ele não disse, talvez por modéstia, é que a ExpoBento virou algo maior: é o símbolo da resistência de uma região inteira.


Se 2024 foi o ano da tragédia, 2025 é o ano da reconstrução. E a ExpoBento e a Fenavinho são, juntas, a vitrine dessa retomada. Uma vitrine forjada no barro, no vinho e no ferro — com alma de povo que não se dobra.


SERVIÇO

📍 Onde: Parque de Eventos de Bento Gonçalves (Fundaparque – Alameda Fenavinho, 481)📅

Quando: até 22 de junho

🕓 Horários:

  • Dias 16, 17 e 18: das 18h às 22h30

  • Dias 19, 20 e 21: das 10h às 22h30

  • Dia 22: das 10h às 21h

🎟 Ingressos:

  • R$ 10,00 (dias 17 e 18)

  • R$ 18,00 (dias 19, 20, 21 e 22)

  • Entrada gratuita no dia 16

🚗 Estacionamento:

  • Dias 16, 17 e 18: carros R$ 20; motos R$ 10; ônibus/vans R$ 50

  • Dias 19 a 22: carros R$ 30; motos R$ 10; ônibus/vans R$ 50

🔗 Mais informações: www.expobento.com.br

🛠 Realização: Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves

🧱 Patrocínio: Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves, Suvalan, Maison Forestier, Banrisul, Sicredi, Cooperativa Vinícola Aurora, entre outros.

🛠 Apoio: Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura, Governo Federal – União e Reconstrução.

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Bento Gonçalves/RS - Brasil

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