O aniversário do gênio ignorado: quem foi Nikola Tesla?
- temporacomunicacao
- 10 de jul.
- 2 min de leitura
Por Bruno Balotin / Pauta Serrana

No dia 10 de julho de 1856, na aldeia de Smiljan (atual Croácia, então Império Austro-Húngaro), nascia Nikola Tesla, um dos maiores inventores e visionários da história da ciência moderna. Hoje, no aniversário de seu nascimento, o legado de Tesla volta a ganhar visibilidade — não apenas como homenageado por entusiastas da tecnologia, mas também como símbolo de um gênio injustiçado em vida.
Engenheiro, físico e inventor, Tesla foi o responsável por descobertas fundamentais no campo da eletricidade, da engenharia eletromecânica e da radiocomunicação. Seu nome, no entanto, permaneceu à margem por décadas, enquanto outros como Thomas Edison e Guglielmo Marconi recebiam glórias, patentes e reconhecimento institucional.
Tesla foi o verdadeiro arquiteto da corrente alternada, sistema que revolucionou a distribuição de energia elétrica no planeta. Ainda assim, enfrentou forte oposição de Edison, defensor da corrente contínua e figura dominante na indústria elétrica dos Estados Unidos. O embate entre os dois ficou conhecido como a “Guerra das Correntes”, vencida tecnicamente por Tesla, mas financeiramente pelo império de Edison.
Ao longo da carreira, Tesla registrou mais de 300 patentes e desenvolveu tecnologias pioneiras em áreas como comunicação sem fio, motores elétricos, controle remoto, raio X, turbinas, radar e até ideias precursoras da internet. Visionário, chegou a afirmar que a energia poderia ser transmitida sem fios, gratuitamente, para todo o mundo — tese que foi ridicularizada por investidores e governos da época.
A recusa de Tesla em comercializar algumas de suas invenções ou ceder à lógica de lucro rápido contribuiu para seu isolamento. Nos últimos anos de vida, viveu em hotéis modestos de Nova York, esquecido pela elite científica e abandonado pela indústria, enquanto seus concorrentes transformavam a ciência em negócio.
Morreu sozinho, em 7 de janeiro de 1943, aos 86 anos, em um quarto do Hotel New Yorker. Apenas após sua morte, seu nome começou a ser resgatado por pesquisadores, e décadas mais tarde, popularizado pela cultura pop, livros e pela indústria tecnológica — com destaque para a montadora Tesla Motors, que o homenageia em nome, embora não tenha ligação direta com suas invenções.
Hoje, o nome de Tesla é sinônimo de genialidade e inovação. Mas seu aniversário também é um lembrete de como a história da ciência nem sempre recompensa seus verdadeiros pioneiros em vida. Ao revisitar sua trajetória, resgata-se não apenas um inventor extraordinário, mas uma lição sobre o valor da visão a longo prazo, da ética científica e do custo de desafiar interesses consolidados.
Nikola Tesla iluminou o mundo — mesmo quando o mundo o manteve nas sombras.














Comentários