Quase 1 milhão de famílias deixam o Bolsa Família após superarem a linha da pobreza

Em julho de 2025, cerca de 958 mil famílias saíram do Bolsa Família — agora relançado — por melhorarem sua renda per capita, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social.

Desse total, aproximadamente 536 mil deixaram o programa após completar o período de 24 meses previsto pela chamada Regra de Proteção, que garante 50% do benefício mesmo com aumento de renda.

Outras 385 mil famílias superaram o limite de até meio salário mínimo por pessoa, o que também inviabiliza a permanência no programa. Esse avanço foi possibilitado pela criação de 1,7 milhão de postos formais em 2024, dos quais 98,8% foram ocupados por pessoas cadastradas no CadÚnico — cerca de 75,5% eram beneficiários do Bolsa Família.

O ministro Wellington Dias comemorou o resultado e citou a “Regra de Retorno Garantido” — que assegura prioridade de reinclusão para famílias que voltarem à situação de pobreza dentro do Cadastro Único. Ele destacou ainda que a combinação de qualificação profissional, apoio ao empreendedorismo e geração de emprego formal proporcionou às famílias “condições de elevar a renda e conquistar autonomia".

Desde 2023, com o relançamento do Bolsa Família e a modernização do CadÚnico, o programa já permitiu que cerca de 8,6 milhões de famílias deixassem a faixa da pobreza.

Apesar dos cortes, o governo reafirmou que continuará priorizando os beneficiários mais vulneráveis, garantindo o retorno daqueles que eventualmente declinarem novamente em renda.