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Vista para a natureza

Colunista: O Brasil da Hipocrisia: A favor das minorias no Facebook, mas não na vida real

  • Foto do escritor: temporacomunicacao
    temporacomunicacao
  • há 4 dias
  • 2 min de leitura

Coluna de Fernando Kopper, Jornalista



O Brasil é o país da hipocrisia, isso ninguém pode negar. Todo ano, no Natal e Ano Novo, lá estão os "paladinos da justiça" do Facebook e Instagram, se manifestando contra os fogos de artifício, alertando para o sofrimento de crianças, idosos, cachorros e autistas. Mas, curiosamente, essa indignação só surge depois de estourar a última bomba do réveillon. Antes disso, tudo certo! O problema é só quando se pode postar uma foto de solidariedade e dar uma de defensor das causas nobres.


No ano passado, em Cruz Alta, por exemplo, testemunhei pessoas soltando fogos durante o festival da Coxilha Nativista. E não, não era no Ano Novo. Durante o término das eleições, lá estavam os mesmos políticos que fazem discursos sobre o mal dos fogos, assistindo a seus comitês fazerem o "barulhinho" da discórdia. E quem esquece do 7 de setembro, do 20 de setembro, do carnaval? Ali, ninguém se importa com os efeitos do barulho nas crianças, autistas, cachorros ou idosos. Mas basta chegar o final do ano, e então os "juízes de Facebook" começam a denunciar cada vizinho que solta fogos. Como se o resto do ano fosse um momento de total tranquilidade.


E o que é mais interessante nisso tudo? O Rio Grande do Sul, em sua infinita sabedoria, já tem uma Lei Ordinária (15.366/2019) que proíbe a soltura de fogos com estampido. Além disso, a medição de ruído deve ser feita a 100 metros de distância do estrondo. Ou seja, a lei está lá, está regulamentada desde 2020, mas cadê a fiscalização? Ou melhor, quem está realmente preocupado com isso no resto do ano? A resposta é simples: não estão.


Claro, algumas cidades, como Vera Cruz e Xangri-lá, têm suas próprias leis, mas, no final das contas, todo mundo só se lembra delas no dia 31 de dezembro. Afinal, é muito mais fácil ser ativista atrás de uma tela de celular, comentando e denunciando o vizinho, do que ser consistente e cobrar que a lei seja cumprida durante o ano todo.


Afinal, é só no réveillon que parece que a hipocrisia chega a seu auge. Que os defensores de animais e dos direitos das minorias continuem a fazer seu show nas redes sociais. A pergunta que fica é: na vida real, quem segue a lei? Ou será que é só mais uma onda de indignação temporária, como o estouro dos fogos, que logo se dissipa?

É meus amigos, o facebook está cheio de "juízes" julgando e de olho no que você faz ou deixa de fazer!



Fernando Kopper - Jornalista
Fernando Kopper - Jornalista

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