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Comandante-chefe do Guarda Revolucionária Islâmica é morto em ataque israelita no Irã

  • Foto do escritor: temporacomunicacao
    temporacomunicacao
  • 13 de jun.
  • 3 min de leitura

O comandante-chefe do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), general Hossein Salami, foi morto em um ataque aéreo que atingiu instalações estratégicas na capital iraniana nesta noite. A ofensiva, atribuída a forças israelenses, teve como alvo posições do IRGC, incluindo um complexo de inteligência e defesa situado na região de Pirouzi, no centro de Teerã.

Testemunhas relataram fortes explosões e colunas de fumaça se erguendo sobre a cidade, enquanto sirenes de defesa aérea ecoavam por várias horas. Fontes iranianas confirmaram que Salami estava no local no momento do ataque e foi atingido fatalmente. Além dele, outros altos oficiais e possíveis cientistas ligados ao programa nuclear também podem ter sido mortos.

A ação israelense, segundo declarações de seu governo, foi uma resposta direta às crescentes ameaças representadas pelo avanço do programa nuclear iraniano e pelo aumento das operações iranianas via grupos armados em toda a região. O primeiro-ministro israelense afirmou que “continuará a agir com força total contra qualquer ameaça à existência do Estado de Israel”.

Em resposta, o governo iraniano elevou o nível de alerta máximo e promete uma retaliação severa. Fontes militares em Tel Aviv já se preparam para uma possível resposta com mísseis ou drones por parte do Irã e seus aliados regionais.

Quem foi Hossein Salami?

Hossein Salami, nascido em 1960 na cidade de Golpayegan, ingressou no IRGC durante a Guerra Irã-Iraque e logo se destacou por sua agressiva postura estratégica e fidelidade ao regime teocrático. Ao longo das décadas, ocupou posições-chave dentro das Forças Armadas e se tornou comandante da Força Aérea do IRGC, antes de ser promovido a comandante-geral em 2019.

Com um perfil altamente ideológico, Salami era conhecido por sua retórica inflamada contra os Estados Unidos, Israel e outros rivais regionais. Foi peça central na expansão do programa de mísseis balísticos e no fortalecimento das redes de milícias pró-iranianas no Oriente Médio, como o Hezbollah no Líbano, as Forças de Mobilização Popular no Iraque e os Houthis no Iêmen.

Sob sua liderança, o IRGC também intensificou ações diretas contra alvos israelenses e americanos, além de reprimir com brutalidade protestos internos e dissidência civil. Ele era considerado um símbolo da resistência iraniana e, ao mesmo tempo, um dos mais proeminentes arquitetos da postura militar ofensiva do regime.

Salami figurava há anos em diversas listas de sanções internacionais por violação de direitos humanos, apoio ao terrorismo e envolvimento em projetos nucleares não declarados.

Consequências geopolíticas

A morte de Hossein Salami representa um terremoto político e militar para o regime iraniano. Como comandante-chefe do IRGC — instituição mais poderosa do país depois do Líder Supremo — sua ausência deixa um vácuo de liderança que poderá gerar instabilidade interna e disputas dentro da elite militar e clerical.

Além disso, aumenta o risco de uma escalada bélica direta entre Irã e Israel, com repercussões para todo o Oriente Médio. Países vizinhos, como Arábia Saudita, Jordânia e Líbano, já reforçaram medidas de segurança, temendo que o conflito se espalhe.

No plano internacional, potências como China, Rússia, Estados Unidos e União Europeia acompanharão atentamente os próximos movimentos, tentando evitar que o episódio leve a uma guerra regional de grandes proporções.

A morte de Salami pode, portanto, marcar um ponto de inflexão perigoso em uma das regiões mais instáveis do mundo — com potencial para redefinir os rumos da política de segurança global nos próximos meses.


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