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Novo Quarteto Fantástico aposta na dinâmica familiar, mas esquece de apresentar seus heróis

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    temporacomunicacao
  • 5 de ago.
  • 2 min de leitura

Por Bruno Balotin / Pauta Serrana


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Lançado em 2025, o novo filme do Quarteto Fantástico chegou aos cinemas com a promessa de reintroduzir a primeira família da Marvel ao grande público. A proposta de resgatar o espírito das HQs clássicas, onde os laços familiares e os dilemas humanos sempre foram o centro da narrativa, até está presente, mas sofre com um roteiro raso e apressado, que não dedica o tempo necessário à construção dos próprios personagens.


Ao contrário do que se esperava de um reboot, o longa não se aprofunda nas origens, nas motivações ou na dinâmica pessoal do grupo. Reed Richards, Sue Storm, Johnny Storm e Ben Grimm surgem já como figuras estabelecidas, mas sem o peso emocional ou a complexidade que suas histórias exigem. A sensação é de que o filme "passa por cima" da parte mais rica da trajetória do Quarteto: o que os torna uma família de verdade, com todas as dores, conflitos e descobertas que isso implica.


A escolha de Pedro Pascal como Reed Richards tem dividido opiniões. Embora seja um nome forte em Hollywood atualmente, sua atuação soa genérica, faltando a profundidade e o conflito interno que o personagem, um dos maiores gênios do universo Marvel, sempre exigiu. Críticos apontam que sua escalação pode ter sido mais uma decisão de marketing, seguindo a tendência de escalar “atores da moda”, do que um compromisso com fidelidade ao personagem.


Os demais membros do grupo têm pouco espaço para brilhar. Vanessa Kirby (Sue Storm) e Joseph Quinn (Johnny Storm) entregam performances competentes, mas com diálogos limitados e arcos pouco desenvolvidos. Ebon Moss-Bachrach, como Ben Grimm, talvez seja quem mais se aproxima da essência original, mas também carece de um roteiro que o valorize.


Apesar de contar com efeitos visuais de qualidade e boas referências visuais aos quadrinhos clássicos, o filme tropeça no que deveria ser o básico de uma estreia: apresentar seus protagonistas de forma envolvente e memorável. A narrativa parece construída mais para “encaixar no universo compartilhado da Marvel” do que para contar uma boa história.


Mesmo com o esforço de retratar a ideia de união familiar e confiança mútua, o filme deixa escapar justamente a parte que poderia emocionar: as origens. A ausência de um verdadeiro mergulho nas histórias individuais dos personagens compromete o impacto emocional e deixa o público sem um elo real de conexão.


No fim, o novo Quarteto Fantástico é mais um ensaio do que uma estreia definitiva. Tem boas intenções, mas falta alma.

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