Ozzy Osbourne, vocalista lendário do Black Sabbath, morre aos 76 anos

John Michael Osbourne, conhecido mundialmente como Ozzy Osbourne, faleceu hoje aos 76 anos em sua cidade natal, Birmingham, na Inglaterra. A causa da morte não foi revelada. Ícone do rock e figura lendária do heavy metal, Ozzy deixa um legado que atravessa gerações e moldou o gênero como poucos artistas conseguiram.

Nascido em 1949, Ozzy se destacou como o vocalista original da banda Black Sabbath, com quem lançou álbuns históricos como "Paranoid", "Master of Reality" e "Sabbath Bloody Sabbath". Sua voz única, presença de palco intensa e aura provocadora fizeram dele o rosto do heavy metal nas décadas de 1970 e 1980. Após sair da banda em 1979, deu início a uma carreira solo igualmente bem-sucedida, com sucessos como "Crazy Train", "Mr. Crowley" e "No More Tears".

Ozzy também se tornou uma figura querida por seu carisma, irreverência e senso de humor ácido. Mesmo enfrentando sérios problemas de saúde nos últimos anos, incluindo o diagnóstico de Parkinson, manteve-se próximo dos fãs e presente na cultura pop. Seu reality show "The Osbournes" revelou ao mundo o lado excêntrico e afetuoso da família do astro.

Seu último show aconteceu em 5 de julho de 2025, no estádio Villa Park, em Birmingham. Intitulado “Back to the Beginning”, o concerto marcou uma reunião histórica da formação original do Black Sabbath. Diante de 45 mil fãs e uma audiência global assistindo pela transmissão, Ozzy subiu ao palco em um trono decorado, enfrentando com dignidade as limitações físicas impostas pela doença. Durante mais de 10 horas de celebração, desfilaram pelo palco nomes como Metallica, Guns N’ Roses, Slayer, Pantera, Alice in Chains e outros, em homenagem ao legado de Ozzy. O evento arrecadou cerca de 140 milhões de libras para instituições de caridade, incluindo a Cure Parkinson’s Trust e hospitais infantis britânicos.

Em um dos momentos mais emocionantes da noite, Ozzy cantou "Mama, I'm Coming Home" com lágrimas nos olhos. Encerrando o espetáculo, abraçou Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward, declarando ao microfone: “Obrigado por fazerem da minha vida um sonho.” Era sua despedida definitiva dos palcos.

Ozzy Osbourne foi mais do que um cantor. Foi um arquétipo. Uma presença que influenciou não apenas a música, mas também o imaginário de gerações inteiras. Sua partida encerra um capítulo da história do rock, mas sua voz continuará ecoando sempre que alguém apertar o play em “Iron Man” ou “Crazy Train”.