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Vinícola Aurora recebe mais de cem participantes do 23º Congresso Brasileiro de Agrometeorologia

  • Foto do escritor: temporacomunicacao
    temporacomunicacao
  • 23 de out.
  • 3 min de leitura

Visita técnica ocorreu na unidade Matriz da cooperativa, em Bento Gonçalves, com temas que foram da Denominação de Origem Altos de Pinto Bandeira até monitoramento meteorológico, sistemas de alerta e adaptações no manejo da uva baseado nos prognósticos climáticos

 


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Se depender das horas de frio durante o ano e das condições meteorológicas previstas, a safra da uva 2026 deverá figurar entre as melhores dos últimos tempos. A constatação partiu das apresentações realizadas durante a visita técnica do 23º Congresso Brasileiro de Agrometeorologia, na unidade Matriz da Cooperativa Vinícola Aurora, na última sexta-feira (17).

 

A atividade integrou a programação oficial do evento e teve como objetivo apresentar práticas agrícolas e de manejo da uva adaptadas às condições climáticas, além de sistemas de monitoramento e alerta meteorológico aplicados à viticultura da região.

 

Entre os elementos que justificam o otimismo para uma boa vindima, estão as cerca de 400 horas de frio registradas no ano, além dos efeitos do fenômeno La Niña. As previsões indicam um verão com pouca incidência de chuvas.

 

A estratégia ESG da Cooperativa Vinícola Aurora foi apresentada durante a agenda com os congressistas. No recém-lançado Relatório de Sustentabilidade estão informações sobre manejo sustentável, do inventário de emissão de gases e sobre cuidados com águas e efluentes.            “Na visita técnica pudemos trocar experiências com pesquisadores sobre temas relevantes que envolvem a viticultura e também de que forma a cooperativa vem atuando na prática para uma gestão cada mais sustentável dos recursos naturais. O cuidado com o solo e o uso racional de insumos, por exemplo, são possíveis com o auxílio de ferramentas tecnológicas e também através de técnicas de manejo que pudemos demonstrar aos participantes”, resumiu o gerente Agrícola da Cooperativa Vinícola Aurora, Mauricio Bonafé.

 

Estações temáticas

Foram apresentadas três estações temáticas, conduzidas por pesquisadores e profissionais de referência no setor. Na Estação 1, o pesquisador Jorge Tonietto (Embrapa Uva e Vinho) demonstrou as características e delimitações da Denominação de Origem Altos de Pinto Bandeira. O pesquisador citou a combinação de solo, clima e da forma de cultivo como responsáveis pelas ótimas condições para a elaboração de espumantes no terroir.

 

Na mesma estação, os engenheiros agrônomos da Aurora, Jonas Panisson e Juciel Cardoso, apresentaram de que forma a cooperativa trabalha no cultivo da matéria-prima que dá origem aos produtos com DO. Suporte técnico, os fatores humanos referidos por Tonietto, o sistema de condução – que na DO permite somente em sistema de espaldeira – as variedades permitidas (Chardonnay, Riesling Itálico e Pinot Noir), os portas-enxertos e a adubação foram os principais itens mencionados. As características do solo (com pouca profundidade e de origem basáltica), a altitude média, a média de temperatura na região e a precipitação de chuvas também foram relatadas pelos engenheiros.

 

Na Estação 2 - Adaptações nas estratégias de manejo da uva baseado nos prognósticos climáticos, as informações foram ministradas pelo professor Júlio Quevedo Marques (UFPEL) e pelos engenheiros agrônomos Maurício Fugalli e Jovani Milesi (Cooperativa Vinícola Aurora). Marques ressaltou que as previsões são mais assertivas quando analisam períodos mais curtos – em torno de sete dias -, mas que as chances de as condições climáticas serem boas para a uva nos próximos meses devem ser consolidadas com prognósticos mais precisos a partir de novembro.Na mesma estação, os engenheiros Maurício Fugalli e Jovani Milesi demonstraram técnicas de manejo que ajudam a minimizar os efeitos de eventos climáticas mais severos, como fortes chuvas ou longos períodos de estiagem. Eles apresentaram as plantas de cobertura junto aos vinhedos e a construção de patamares entre as fileiras de plantas como técnicas que ajudam a escoar o excesso de águas chuvas, na absorção da umidade pelo solo e evitando a erosão em áreas de vinhedos.

 

Já na Estação 3 - Monitoramento meteorológico e sistemas de alerta, Loana Cardoso, pesquisadora do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/SEAPI-RS) demonstrou as ferramentas utilizadas na previsão do tempo para a fruticultura. Os engenheiros agrônomos Júlio Taufer e Flávio Rotava, ambos da Aurora, falaram sobre como a cooperativa instrui os seus cooperados quanto ao manejo, baseada no uso de ferramentas tecnológicas, como as estações meteorológicas. Eles também citaram o cuidado que é preciso adotar em todos os ciclos da videira, sempre de olho nas alterações climáticas.              

Sobre o Congresso

O 23º Congresso Brasileiro de Agrometeorologia (CBAGRO 2025) ocorreu na última semana de 14 a 17 de outubro, no Centro Cultural da UFRGS, em Porto Alegre (RS). Promovido pela Sociedade Brasileira de Agrometeorologia (SBAgro) e coordenado pela UFRGS, o evento teve como tema central “Resiliência Climática, Ciência e Inovação na Agrometeorologia”.

 

A edição reuniu mais de 500 congressistas do Brasil e do exterior, com discussões sobre os desafios climáticos na agricultura e o papel da agrometeorologia na formulação de políticas e estratégias de adaptação.

 

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