Brasileira é localizada imóvel 500 metros abaixo de penhasco em vulcão na Indonésia
- temporacomunicacao
- há 7 horas
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Família critica resgate lento e denuncia abandono por parte do guia local

A brasileira Juliana Marins foi localizada nesta segunda-feira (23) imóvel e presa a um paredão rochoso, a cerca de 500 metros abaixo de um penhasco, durante uma trilha no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, Indonésia. As informações foram confirmadas pelo perfil oficial do Parque Nacional do Monte Rinjani, responsável pelo monitoramento da área.
De acordo com o comunicado, um drone operado por equipes de resgate visualizou a vítima às 6h30 do horário local (17h30 de domingo no Brasil). Juliana estaria “sem sinais de movimento, em uma posição crítica, presa à face do paredão”.
Buscas enfrentam condições adversas e clima instável
O resgate tem sido dificultado pelas condições climáticas severas, como forte neblina, baixa visibilidade e terreno extremamente acidentado. Diante dos riscos, as equipes foram temporariamente recuadas para pontos seguros.
Juliana está desaparecida desde o último sábado (21), quando fazia a trilha ao cume do vulcão acompanhada por um grupo de turistas e um guia local. Segundo relatos da família, a jovem teria se afastado do grupo por estar cansada, e o guia teria seguido adiante sem esperá-la. Pouco depois, Juliana caiu em um desfiladeiro.
Imagens feitas por turistas auxiliaram nas buscas
Imagens de drones feitas por outros turistas ajudaram a equipe de resgate a localizar a brasileira. Dois alpinistas experientes foram mobilizados e estão se dirigindo ao local, mas o acesso segue extremamente difícil. A família informou que o local exato onde Juliana está pode chegar a 600 metros de profundidade.
Em nota publicada pelo perfil oficial da campanha de resgate no Instagram (@resgatejulianamarins), os familiares disseram que não há confirmação se a operação continuará durante a noite, e que Juliana não recebeu água, comida ou agasalhos até o momento.
Família critica parque e atuação do governo
A irmã da vítima, Mariana Marins, afirmou que a jovem foi abandonada por mais de uma hora pelo guia, e desmentiu informações de que ela teria recebido suprimentos. “As cordas não tinham comprimento suficiente, e a visibilidade é quase nula”, declarou.
O embaixador do Brasil na Indonésia também admitiu ter divulgado dados incorretos no início da operação, com base em informações locais. “Foi um erro de comunicação”, afirmou em áudio divulgado pelo programa Fantástico, da TV Globo.
A família tem feito críticas públicas à condução da operação por parte do parque e das autoridades locais. “Turistas continuam subindo a trilha normalmente, enquanto Juliana está lá, sem atendimento, sem água, sem estrutura mínima de resgate”, escreveu o perfil oficial da campanha.
“O clima nessa época do ano já é conhecido pela instabilidade. Eles têm ciência disso, mas o processo segue lento, sem planejamento, sem competência e sem estrutura”, conclui a nota.
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